MG faz campanha contra uso do “vape”

Foto Fábio Marchetto / SES

No Brasil, são proibidas a importação, a comercialização e propagando do cigarro eletrônico, popularmente conhecido como “vape”. Mesmo assim, o consumo tem aumentado, principalmente entre os jovens. Para marcar o Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, o Governo de Minas lançou por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) a campanha “O Uso do Cigarro Eletrônico”. O objetivo é alertar a população e estimular os serviços de saúde a ofertarem ações de prevenção da iniciação e da experimentação do uso de novas formas de consumo de tabaco, como o cigarro eletrônico. Um dos pontos abordados na campanha é a sensibilização dos comerciantes em relação às normas para comércio desses produtos, como a proibição de venda para menores, a proibição de comercialização do cigarro eletrônico no país e a obrigatoriedade de constar as advertências da Anvisa nos produtos de tabaco, entre outras medidas regulatórias.

Foto Fábio Marchetto / SES

Esses produtos são vendidos ilegalmente pela internet, no comércio formal e informal e também podem ser adquiridos no exterior para uso pessoal. A Coordenação de Programas de Promoção da Saúde e Controle do Tabagismo da SES-MG se reuniu com representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Nacional de Câncer (Inca), da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e do setor varejista para falar sobre a legislação e regulamentação de produtos de tabaco.

Felipe Mendes, técnico do Programa Nacional de Controle ao Tabagismo, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), explica que, ao longo de 30 anos, o Ministério da Saúde adotou diversas políticas de controle do tabaco, como proibição de fumar em recintos coletivos, como bares, restaurantes, teatros e shopping centers; proibição de publicidade em meios de comunicação; e adoção de advertências sanitárias nos maços de cigarros, com imagens que comunicam as doenças. “Essas ações em conjunto, reduziram consideravelmente o número de fumantes no país. Em 1989, a Pesquisa Nacional de Saúde apontou uma prevalência de fumantes em 34% da população. Na de 2019, o registro foi de 12%, tornando o Brasil uma referência no tema”, informa Mendes.

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência da nicotina presente nos produtos à base de tabaco e está inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da Organização Mundial da Saúde (OMS). O tabagismo ativo e a exposição passiva à fumaça do tabaco estão relacionados ao desenvolvimento de aproximadamente 50 enfermidades, dentre as quais vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses). Há ainda outras doenças relacionadas ao tabagismo: úlcera do aparelho digestivo; osteoporose; catarata; patologias buco-dentais; impotência sexual no homem; infertilidade na mulher; menopausa precoce e complicações na gravidez.

Em Minas Gerais, 407 municípios ofertaram, nos últimos 12 meses, tratamento a pessoas tabagistas na Atenção Primária à Saúde. O usuário que demonstre interesse em parar de fumar deve entrar em contato com a Secretaria de Saúde do município para verificar os locais que realizam o atendimento. Além disso, 747 municípios promoveram, no último ano, ações educativas e de mobilização social para a população com a temática de dependência química, tabaco, álcool e outras drogas. Mais informações: www.saude.mg.gov.br/tabagismo.

Abaixo, a coordenadora de Programas de Promoção da Saúde e Controle do Tabagismo da SES-MG, Nayara Resende Pena, tem mais explicações.

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