Operação Midas
Foi realizada na manhã desta terça-feira, 20/06, pela Polícia Civil de Minas Gerais, a operação “Midas”. Foram cumpridos três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão no distrito de Correa de Almeida, em Barbacena. A PCMG investigava um golpe, aplicado por um homem e duas mulheres, que captavam recursos de vítimas prometendo juros de 2% ao dia, com lucros que viriam, teoricamente, de operações na bolsa de valores.
Segundo a Polícia Civil, os investigados ostentavam um alto padrão de vida, promovendo festas, alugando carros de luxo e salões, com objetivo de atrair mais vítimas para o negócio. A organização criminosa chegou a abrir duas empresas, sendo uma delas uma suposta corretora de valores, que não possuía qualquer autorização da Comissão de Valores Monetários (CVM), Banco Central ou outros órgãos e, a outra empresa que visava dar aulas ensinando a operar na bolsa de valores. Todas com intuito de captação de recursos e lavagem de dinheiro.
As investigações apontaram indícios suficientes para a realização da Operação Midas. Com as apreensões de documentos, mídias e aparelhos eletrônicos será possível dimensionar o tamanho do golpe financeiro aplicado pelos investigados. Apenas na cidade de Barbacena já foi estimado um prejuízo total das vítimas de R$ 1,5 milhão. Em outras regiões, apura-se que R$15 milhões foram captados e utilizados pelos indivíduos.
Na operação, foi apreendida também uma arma de fogo calibre 32, com 10 cartuchos intactos. As informações passadas à Polícia Civil são de que os envolvidos realizaram ações semelhantes em outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro. Esse golpe aplicado pela organização criminosa se assemelha ao chamado “esquema ponzi”, onde se cria uma pirâmide financeira em que os últimos clientes que chegam pagam os valores, parcialmente, para os primeiros, criando uma esperança a estes que um dia receberão os valores depositados, sendo que os que chegam por último nunca chegam a receber, por não haver mais captação de recursos. Os três investigados foram presos e levados para Delegacia de Polícia Civil de Barbacena, sendo posteriormente encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.