“Minas Contra o Fogo”: força tarefa de prevenção a incêndios florestais
Estamos em pleno período de estiagem, quando o volume de chuvas é bem reduzido e a vegetação seca aumenta o risco de grandes incêndios florestais. Além do impacto no meio-ambiente, esse tipo de ocorrência causa prejuízos no fornecimento de energia elétrica e coloca em perigo a vida de seres humanos e da fauna e da flora. Entre os meses de julho e novembro, vários estados reforçam o trabalho preventivo. Em Minas Gerais, as iniciativas incluem novas tecnologias, estratégias, capacitações e união de esforços para conter a ameaça.
Em 2023, foi lançado o programa “Minas Contra o Fogo”, em parceria com 40 municípios do estado para a prevenção e combate a incêndios em áreas públicas e privadas, além de orientação às prefeituras para decretação de emergência, em caso de necessidade. As ações são coordenadas pelo IEF, Instituto Estadual de Florestas.
Rodrigo Bueno Belo, Gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF, aponta alguns dos transtornos causados pelos incêndios de origem antrópica, provocados pela ação humana, principalmente entre os meses de agosto a outubro. “Eles são responsáveis por significativas emissões de monóxido de carbono na atmosfera, causando impactos na captação de água, empobrecimento de solo e redução das espécies e exemplares de fauna e flora, além de gerar enormes prejuízos ambientais e materiais”, destaca Rodrigo.
A Força-Tarefa Previncêndio é o esforço que une diversas instituições para monitorar e combater os incêndios florestais. Além do IEF, envolve: Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec); Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG); Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG); Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa); Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O programa Previncêndio é responsável por capacitações voltadas aos brigadistas profissionais, além de voluntários, que podem se apresentar à unidade de conservação de seu interesse. Também contrata brigadistas que ficam à disposição nas unidades onde o fogo exige reforço de efetivo. Minas Gerais abriu em 2023 mais 280 vagas para brigadistas que, além do combate aos incêndios florestais nas áreas de preservação do estado, também realizam ações de sensibilização e orientação junto a produtores rurais, frequentadores e moradores das zonas de amortecimento das unidades de conservação, informando sobre os efeitos adversos provocados pelos incêndios e alternativas ao uso do fogo na produção agrícola.
Entre 2013 e 2021, Minas registrou média anual de 747 ocorrências nas áreas de proteção administradas pelo IEF. Segundo estimativa do órgão, cerca de 97% das queimadas são decorrentes de ação humana. Os 40 municípios aptos a aderir ao programa “Minas contra o fogo” recebem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) doados pelo IEF como vestimentas, capacetes, luvas, óculos e coturnos, além de instrumentos de combate ao fogo, como abafadores e bombas costais.
Abaixo, o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF, Rodrigo Bueno Belo destaca a necessidade do trabalho conjunto de prevenção.