Encontro de Folia de Reis movimenta Matias Barbosa

O evento foi criado em 2009, com o objetivo de preservar um tradição religiosa que se transformou numa das festas folclóricas brasileiras, a Folia de Reis. Desde então, exceto pelos dois anos de pandemia, a comunidade de Matias Barbosa, na Zona da Mata Mineira, se reúne na praça no centro da cidade para acompanhar as apresentações.

O horário do evento vai chegando e o público começa a ouvir os ritmos que marcam a Folia. Com roupas coloridas e cheias de brilhos, os palhaços fazem movimentos rápidos e prendem a atenção. A tradição da Folia de Reis chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. Ela tem origem católica e lembra a visita dos três Reis Magos, Baltazar, Melquior ou Belchior e Gaspar, ao local onde Jesus tinha acabado de nascer. Os reis levaram presentes ao Salvador.

Hoje, a festa é mantida em Minas Gerias e outros cinco estados brasileiros. Em Matias Barbosa, o organizador, Ricardo Sartine, Presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural, destaca o empenho do município em manter viva essa tradição e em abrir espaço para os grupos da região se apresentarem. O evento é montado pela prefeitura de Matias Barbosa e gratuito.

Maria Aparecida Barbosa cresceu vendo o pai organizar a Folia de Reis Estrela da Paz, em Belmiro Braga. Ele se foi há 4 anos e ela assumiu a responsabilidade. O grupo participa todos os anos e reúne parentes, amigos e conhecidos. Todos dispostos a seguir com a missão de não deixar que a Folia seja esquecida.

André Lucas da Silva, de 12 anos, estava animado e ansioso para começar a apresentação. Ele nasceu numa família que participa ativamente da Folia de Reis. Viu, desde pequeno, os dois avôs envolvidos com a Folia de Reis Estrela do Oriente e ficou apaixonado por essa tradição. Ele começou a se apresentar aos 5 anos. Hoje, espera ansioso o ano inteiro pela chance de se apresentar nas ruas, nas casas e no palco do Encontro de Folias.

Na plateia, pessoas de todas a idades se encantaram com os grupos que se apresentaram. Eles começam com músicas religiosas. São 40 minutos de apresentação para cada grupo. Quando acabam as orações, cada palhaço faz um verso para o público e dança. Sofia Pacheco de Araújo, de 7 anos, assistiu pela primeira vez a apresentação. Com a mãe, a prima e a avó, ela acompanhou cada movimento e cada dança com os olhos brilhando. Encantada com o que viu, a menina elogiou os grupos e disse que achou tudo maravilhoso!