Marquise desaba e mata um homem em JF

Foto CBMMG

Era por volta de 15h20, a calçada na esquina das ruas Floriano Peixoto e Batista de Oliveira estava movimentada. Alguns frequentadores das lojas que ficam na parte de baixo do prédio de um hotel notaram estalos na estrutura antes dela desabar. Algumas câmeras de segurança registraram o desabamento da marquise.

Num dos vídeos, é possível ver um cliente na porta, olhando para o alto, como se ouvisse alguma coisa. Ele mantém a postura atenta e ainda chama outra pessoa para perto. O outro homem olha para o alto e chega mais à frente, quando a marquise desaba. Os dois correm e não são atingidos.

Em outro vídeo, de uma loja do outro lado da rua, é possível ver no alto um homem com uma mochila nas costas passando, bem na hora em que a estrutura desaba. A vítima atingida foi Thiago Ramon, professor de música no Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, que fica a cerca de 200 metros do local do desabamento. Ele era recém-casado e também trabalhava numa escola estadual em Juiz de Fora.

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Thiago morreu antes da chegada da equipe do SAMU. A perícia da Polícia Civil esteve no local e o corpo foi liberado para o PML, Posto Médico Legal. O Corpo de Bombeiros também foi chamado para atender a essa ocorrência.  

Os militares passaram o restante da tarde e o início da noite cortando a estrutura que ficou pendurada. O trabalho foi necessário para liberar quatro pessoas que ficaram presas dentro de uma das lojas quando a marquise desabou.

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Essas pessoas não se feriram, mas ficaram assustadas. Toda a área foi interditada por tempo indeterminado, para que a Prefeitura e a Polícia Civil concluam a investigação sobre a causa do desabamento. Os comerciantes tiveram que fechar as portas. Alguns conseguiram retirar produtos.

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O Conservatório de Música divulgou uma nota de falecimento, prestando solidariedade aos familiares e amigos do músico.

A Escola Estadual onde ele trabalhava também usou as redes sociais para se manifestar e prestar apoio.

Em nota, a Prefeitura lamentou a morte e apresentou dados sobre a fiscalização de prédios no município. Segue abaixo a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Juiz de Fora lamenta profundamente a tragédia que ocorreu nesta quinta-feira, 21, na rua Floriano Peixoto, que provocou a morte de uma pessoa. Em razão do fato, foi determinada a completa interdição de toda a estrutura no local.

A Lei nº 084/2007 define os proprietários de prédios como marquise como responsáveis por sua manutenção, devendo ainda apresentar laudo de estabilidade – o que nunca foi realizado pelo responsável pelo imóvel afetado. Esse laudo deve incluir uma prova de carga nos casos em que a estrutura apresente fissuras, deformações, infiltrações, sobrecarga ou qualquer outra anomalia.

Apenas em 2024, foram fiscalizados 508 edifícios na cidade. Nessas ações, foram emitidos 84 diligências fiscais, 321 termos de intimação, 71 autos de notificação e 32 autos de infração.

A manutenção das marquises é fundamental para garantir a segurança dos pedestres e moradores. A população deve denunciar pelo WhatsApp da Fiscalização – (32) 3690-7984.”

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