Minas recebe vacinas contra monkeypox

Foto SES-MG/Divulgação

Foi entregue em Minas Gerais nesta terça-feira, 14/03, a primeira remessa de vacinas para a pré e pós-exposição ao vírus monkeypox. As 1.101 doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde  e são indicadas para adultos com idade igual ou superior a 18 anos, considerados de alto risco para infecção por varíola ou monkeypox.

Os imunizantes foram encaminhados para a Central Estadual de Rede de Frio, em Belo Horizonte, onde passam por conferência para, em seguida, serem enviados às Unidades Regionais de Saúde, para repasse aos municípios. A responsabilidade de organizar a administração das vacinas na população-alvo em seus territórios é da gestão municipal.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que 1.077 doses serão utilizadas para a vacinação pré-exposição. As outras 24 doses, serão destinadas à chamada pós-exposição. O esquema de vacinação é de duas doses (0,5 ml cada) da vacina MVA-BN Jynneos, com quatro semanas de intervalo entre cada uma.

A população-alvo para a vacinação deve obedecer às recomendações a seguir:

Vacinação pré-exposição

  •          Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
  •          Profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Vacinação pós-exposição

  •          Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para monkeypox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS.

A doença é causada pelo Monkeypox vírus (MPXV), que se manifesta principalmente por meio de lesões na pele, como manchas, feridas abertas, aparecimento de ínguas geralmente na região das axilas e virilha, além de outros sintomas parecidos com os de uma gripe comum, como febre, dor de cabeça e dores musculares. O contágio ocorre a partir do contato com pele, sangue, fluidos corporais e secreções, como saliva e roupas de cama de pessoas infectadas. A monkeypox não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), pois pode infectar qualquer pessoa a partir de contato próximo com indivíduos contaminados.

Em Minas Gerais, de acordo com o boletim atualizado em 10/03, há registros de 619 casos de monkeypox confirmados por exames laboratoriais. Outros 2.457 foram descartados e há 73 casos suspeitos. Até o momento, foram registrados três óbitos pela doença. O Boletim da Monkeypox pode ser acessado em www.saude.mg.gov.br/monkeypox.

Abaixo, a Coordenadora Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Josianne Gusmão, explica

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