Operação Alpha: PM e GAECO contra o crime organizado

Foto Michele Pacheco / TVJF Notícias

Foi feita nesta quarta-feira, 09/10, em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira, a Operação Alpha. Um investigação feita em parceria pelo Ministério Público e a Polícia Militar de Minas Gerais levou à identificação de lideranças de facções criminosas que estavam agindo na Zona da Mata e em outras regiões do estado.

Foram expedidos pela Justiça 17 mandados de prisão. Só um não foi cumprido. Em Juiz de Fora, os alvos estavam quase todos no bairro Santo Antônio, região Sudeste do município. O local foi palco de uma disputa sangrenta por pontos de venda de drogas, que aumentou as estatísticas de assassinatos de 47 em 2021 para 73 em 2022.

Segundo o Promotor Thiago Fernandes de Carvalho, responsável pelo GAECO de Juiz de Fora, “essa operação se inicia numa investigação que começa com uma informação trazida pela PM de um conflito muito grande que está acontecendo em Juiz de Fora entre duas facções criminosas de âmbito nacional, que estavam se instalando e brigando por pontos. E daí, o número de homicídios aumenta muito e a Polícia Militar, preocupada com isso, traz o relatório e nós iniciamos uma investigação conjunta.”

Entre os 16 presos, está um Policial Penal que já atuou em Juiz de Fora e estaria prestando serviços para uma facção criminosa. De acordo com o GAECO, “ele estava sendo cooptado pelas organizações criminosas para tentar fazer atividades dentro do sistema prisional”.

A Porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, Major Layla Brunella, complementou que o Policial Penal “era um elo dentro do sistema prisional, dos infratores soltos com aqueles que estavam presos. Como disse o promotor, ele provavelmente recebia ali vantagens para facilitar a tramitação de informações, de materiais, por isso sendo alvo na data de hoje”

Foto Michele Pacheco / TVJF Notícias

Para garantir o efeito surpresa, nenhuma movimentação foi feita nos Batalhões de Juiz de Fora e da 4a Região de Polícia Militar. Os policiais envolvidos na operação são Choque e da Rotam de Belo Horizonte e da 13a RPM.

A Major Layla destacou o sucesso das ações lembrando que foram “100 policiais militares empregados no Estado. Nós tivemos deslocamento de tropa com as aeronaves do Comando de Aviação para o interior, para Uberlândia, e isso facilitou com que a gente tivesse uma efetividade de quase 100% nos alvos. São 16 alvos presos, um grande volume de material apreendido, que vai refletir na questão processual; materiais escritos; cadernos; anotações; nós temos computadores; nós temos um volume de celulares, 20 celulares contabilizados até agora.”

Foto PMMG

A investigação continua e a PMMG e o Ministério Público lembram a importância da população colaborar com o combate ao crime organizado, denunciando pelo 181 situações suspeitas e a atuação de facções nas cidades mineiras.

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