Adolescente torturado em cárcere privado segue internado

Foto PCMG

O adolescente de 17 anos que era mantido em cárcere privado e torturado em Guidoval, na Zona da Mata, continua internado, sem previsão de alta. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, uma mulher de 27 anos mantinha um relacionamento com a vítima, que morava na casa dela. Os dois estariam juntos há mais de um ano e ela está grávida do adolescente. Em agosto do ano passado, um homem de 31 anos, ex-companheiro da mulher, passou a morar com o casal e os quatro filhos da dona da casa.

A investigação apontou que foi a mulher quem teve a iniciativa de torturar o adolescente, que passou a ser mantido em cárcere privado. Segundo a polícia, ela pediu ajuda ao ex para amputar o órgão genital do garoto, não conseguiu e passou a queimar as partes íntimas da vítima. Mesmo com ferimentos graves, ele continuava sendo torturado. De acordo com o delegado Douglas Mota, responsável pela investigação, “assim que as informações chegaram ao conhecimento da PCMG, imediatamente os elementos de informações preliminares foram produzidos e houve representação pela prisão temporária dos dois suspeitos. Nos deparamos com um caso gravíssimo de tortura, expondo um adolescente a uma extrema vulnerabilidade, provocando intensa dor e colocando em risco a perda do membro e da função de reprodução”.

O casal foi preso. A mulher está na Penitenciária Feminina, em Juiz de Fora, e o homem de 31 anos também está à disposição da justiça no sistema prisional. As investigações prosseguem e a motivação das torturas ainda não foi descoberta. Abaixo, o delegado traz mais detalhes do caso.

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