Reforço da prevenção às arboviroses em Minas

Foto Michele Pacheco / TVJF notícias

Os dados estatísticos mostram que Minas Gerais se prepara para enfrentar o segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya.  Nos 37 municípios da Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora, até o dia 09/02/2024, foram registrados 1.913 casos prováveis de dengue, sendo desses, 1179 casos confirmados e um óbito em investigação para a doença, conforme painel de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Em Juiz de Fora, o Painel de Arboviroses indica que foram registrados 576 casos prováveis e 530 confirmados. Para reforçar a prevenção, estão previstas ações intersetoriais alinhadas com todas as secretarias, fundações, autarquias e empresas públicas, em uma união de esforços do Governo de Minas.

Os números de casos confirmados de dengue em Minas Gerais vêm acendendo um sinal de alerta para os cuidados e medidas de prevenção para o combate da doença. A médica infectologista do IPSEMG, Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, Renata Lanna Maciel, dá dicas do que é preciso fazer diante dos sintomas da doença.

A infectologista explica que o vírus da dengue é transmitido pela picada de mosquitos fêmea, principalmente, da espécie Aedes aegypti, a qual possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e podem produzir sintomas que vão desde grau mais leve até grave, que podem levar ao óbito.

“A pessoa que está em regiões de risco ou onde há uma grande incidência de casos confirmados de dengue, precisa ficar atenta aos sintomas como febre, dor de cabeça, dor ao redor dos olhos, erupções geralmente de cor avermelhada que aparece na pele, dores musculares e articulares, prostração, náusea e vômitos. É muito importante ressaltar que a febre não é obrigatória, assim, em alguns casos, pode não ocorrer”, explica.

A médica acrescenta ainda que “a qualquer sinal ou sintoma da doença, a pessoa deve buscar imediatamente atendimento médico, para que seja feita a classificação da gravidade do caso e estabelecimento de conduta direcionada, sendo que sintomas leves podem demandar acompanhamento ambulatorial e casos mais graves necessitaram de internação hospitalar”, reforçou.

A melhor forma de prevenção é a eliminação do armazenamento de água em recipientes como vasos de plantas, pneus, limpeza periódica da caixa d’água e cuidados com a higiene do quintal, evitando acúmulo de lixo e demais recipientes que possam armazenar água. Todos esses ambientes são propícios para se tornarem criadouros do mosquito Aedes aegypti.

De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) divulgado na sexta-feira (09/02), Minas Gerais já soma 156.360 casos prováveis e 54.634 casos confirmados de dengue. Também foram registrados 19.034 casos prováveis e 12.498 casos confirmados de chikungunya no estado. Com 11 mortes em investigação e uma confirmada. Além disso, há registro de 11 casos prováveis e um confirmado de Zyka.

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